Revista Business Portugal – Olho Seco: Doença da atualidade que afeta mais de um milhão de Portugueses
Venho partilhar consigo a publicação que saiu no site e revista Business Portugal este mês de Outubro 2021.
O “Olho Seco” é uma das principais doenças oftalmológica da atualidade. Estima-se que afete entre 10% a 20% da população portuguesa e, apesar da grande maioria apresentar sinais ou sintomas caraterísticos de olho seco, apenas numa minoria é realizado o seu diagnóstico.
A sua alta prevalência surge associada à idade e à exposição crescente a ambientes adversos. Também, na sequência do uso excessivo dos equipamentos digitais, com a consecutiva diminuição do pestanejo, prevemos que esta doença se venha a exacerbar muitíssimo nas próximas décadas.
A lágrima forma uma película que recobre o globo ocular e a face interna das pálpebras, para que estas durante o pestanejo passem suavemente sobre o olho sem o “arranhar” ou danificar, funcionando como o óleo de uma máquina.
O Olho Seco surge então quando há um desajuste entre a quantidade e a qualidade da secreção lacrimal e as necessidades de lubrificação da superfície do olho. Manifesta-se por um conjunto de sinais e sintomas, tais como: ardência, sensação de picada ou de corpo estranho, lacrimejo constante e olhos vermelhos.
Segundo as orientações e diretrizes preconizadas por estudos recentes e Sociedades Internacionais desta área, tais como o DEWSII e a TFOS, existem dois tipos de Olho Seco; por hipossecreção da lágrima ou devido a um aumento da sua evaporação, apontado como o mais frequente o causado por uma deficiência da camada lipídica.
No diagnóstico é realizada uma colheita da história clínica, procurando encontrar-se alguma relação entre as queixas e fatores ambientais, uso de lentes de contacto ou tomada de medicamentos, tais como antidepressivos, anti-hipertensores ou anti-histamínicos.
Para a maioria das pessoas com sintomas ocasionais ou persistentes de olho seco, o tratamento geralmente é realizado com lágrimas artificiais tais como o ácido hialurónico e sem conservantes. Contudo, é importante que se aconselhe junto do seu oftalmologista sobre qual o produto mais adequado ao seu tipo de olho seco, uma vez que poderá estar indicada a necessidade dum aporte lipídico adicional para o tratamento das causas evaporativas ou mistas de Olho Seco.
Atualmente possuímos outras armas terapêuticas como o uso de anti-inflamatórios não esteroides, corticoides ou ciclosporina. Novos tratamentos tais como a Luz Pulsada ou o Plasma Rico em Plaquetas (Endoret), são tecnologias recentes de que dispomos também para tratar situações de olho seco moderado ou grave.
Por fim, não esquecer que para além da administração das lágrimas artificiais sem conservantes e adequadas ao seu tipo de olho seco, deve tratar as inflamações das margens das pálpebras, fazer pausas curtas em frente aos ecrãs para descansar os olhos e pestanejar para promover a sua lubrificação.
Deverá ainda evitar frequentar lugares secos ou onde estejam fumadores, utilizar óculos de sol para proteger os olhos da luz e do vento, evitar locais com ar-condicionado e não esquecer que é fundamental controlar o instinto de coçar os olhos com as mãos.
Fonte original: https://revistabusinessportugal.pt/
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