Fadiga Ocular? Saiba agora quem são os culpados!

A fadiga visual digital é um problema que cada vez mais a população em Portugal, devido à crescente utilização de dispositivos digitais, constitui um dos riscos laborais mais frequentes do século XXI. Esta síndrome começou a ser diagnosticada quando os computadores pessoais se tornaram mais comuns, mas depressa se estendeu a outros tipos de aparelhos.

Na minha opinião o uso de computador, ou outros aparelhos digitais (smartphones ou tablets) é responsável por um número crescente de queixas de desconforto e cansaço ocular (astenopia) que motivam uma observação numa consulta de oftalmologia.

Cada vez mais a população em geral e sobretudo os jovens entre os 18 e os 30 anos queixam-se sistematicamente que ao final do dia, ou mesmo antes, tem os olhos mais cansados porque estão a trabalhar muito tempo ao computador, ou porque esforçam em demasia esta parte do seu organismo.

A utilização dos dispositivos digitais e o próprio ambiente que nos rodeia (como os sistemas de ar condicionado) contribuem para o agravar desta situação, pois não é só uma fadiga de cansaço como de desconforto, constituindo queixas muito frequentes.

Tanto assim é que numa consulta oftalmológica mais de metade dos doentes têm queixas sistemáticas neste capítulo.

Assim, saliento que uma consulta de rotina ou avaliação ocular é fundamental para ver se a parte visual não está a passar ao lado de qualquer tipo de patologia. O facto de as pessoas estarem muito tempo a trabalhar sem descansar não ajuda. Só para se ter uma noção cerca de 70 ou 80 por cento dos indivíduos  entre os 20 e 40 anos, trabalham cerca de 6-8 horas com aparelhos digitais, o que é manifestamente excessivo.

As mulheres são mais atingidas pela Fadiga Ocular

O desconforto relacionado com o uso de dispositivos digitais está, muitas vezes, relacionado com a secura ocular e estes utilizadores têm uma taxa de pestanejo reduzida enquanto olham para os monitores, o que resulta em alterações na película lacrimal normal. Estes factores levam ao olho seco.

Nestes casos acontece uma menor lubrificação dos olhos e uma das formas de evitar este efeito de cansaço é fazer pausas. Existe uma regra fácil de decorar: ao fim de 20 minutos, parar  e olhar para um objeto a 20 metros e pestanejar durante 20 segundos, o suficiente para os olhos ficarem mais confortáveis e para que a sensação de cansaço não se mantenha progressivamente ao longo do dia.

Além da diminuição do rendimento no trabalho ou em casa, se os olhos permanecerem secos podem levar a alterações, lesões e infecções a nível da córnea. Por outro lado, com o avançar da idade e fundamentalmente nas mulheres, existe uma alteração na qualidade e quantidade das lágrimas.

Sublinho ainda a existência de medicamentos que promovem a pouca lubrificação ocular, uma situação que deve ser corrigida com lágrimas artificiais em gotas, gel ou pomada, consoante a situação seja mais ou menos grave.

Para terminar realço que as crianças são muitas vezes esquecidas neste capítulo, mas a verdade é que com apenas 3 ou 4 anos já usam com frequência os computadores, smartphones ou tablets.

Por isso mesmo, os pais devem ter a preocupação de ver se os seus filhos (que passam mais de 3 horas diárias com estes dispositivos) possuem uma boa saúde visual e se estão a cansar os olhos em demasia, pois muitas vezes o uso destes aparelhos é a maneira mais fácil que os progenitores encontram de os entreter.

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